É hoje

Estou triste. Estou zangada. É hoje que me passo... para além do horizonte. Mas não se vê nada. No rio da minha (emprestada) aldeia não se avista um barquinho. Com este frio ninguém vai ao mar.Não há peixe. E agora com a gripe das aves, ou melhor, gripe aviária nem pássaros há. A minha vizinha tem muitos pássaros em casa. Será que ela já vacinou a passarada? Vou-me embora ... para a outra banda. Bons sonhos!

Onde estás, sono?

Ontem cheguei a casa e tinha sono. É um estado que não me apoquenta muito. Gosto de me levantar cedo , ir ao café cedo, beber a minha bica e depois continuar o dia. À noite, mais à tardinha, gosto de estar já em casa. Mas ontem o sono assaltou-me. Meteu-se bem cá dentro e começou a puxar as minhas pálpebras. E eu pensei que o melhor era não resistir e entregar todos os meus haveres e deveres ao João Pestana. E por volta das 18h já eu mergulhava nos lençois - que são de flanela e tudo - e por lá fiquei até às 8,30 da manhã. De quando em vez acontece-me isto. É um cansaço! E mergulho no sono... Resultado: hoje não tenho sono. Logo, a minha vida é uma constante contradição. Mas de contradições está o mundo cheio. Olhem o Zézinho. Dizia ele que ia fazer do país um país europeu, com muitos empregos... Afinal, o coitado, queria dizer com muitos desempregos. Contradições!! Bons sonhos

O ciclone

Há muitos anos, na década de 40 do séc. passado, neste mesmo dia, houve um ciclione. Como é que eu sei? Perguntam-me vocès. Porque tenho uma pessoa de família que faz hoje anos. E contava que o marido, que era oficial de marinha no navio Gil Eanes, estava na Gronelândia mais precisamente em St. Jonnes, quando foi apanhado pelo ciclone. Ficaram à deriva, sem combustível e tiveram que queimar tudo o que era possível para puderem navegar à bolina( a favor do vento) e não irem ao fundo. E essa pessoa de família faz hoje 92 anos. Não está mal fisicamente mas, a cabeça está um pouco para lá do normal. Canta muito; lembra-se das cantigas antigas. Enfim uma alegria!

Afinal é verdade

Eu tinha ouvido dizer que, quando se tinha um blog, dificilmente nos afastávamos dele. E é verdade. Durante o dia penso no que hei-de escrever. E ...depois... não sei o que escrever. É por isso, também, que não sou jornalista nem escrevo crónicas para o jornal. Ao fim do 1º parágrafo acabava-se a inspiração. Bem que encosto a orelha à porta à espera da musa (aproveito para ouvir as vizinhas) que não chega. Vou trabalhar. Nada melhor que o trabalho para ocupar a mente e a alma. E o que faço? Adivinhem! Espero respostas vossas . Bons sonhos!

Aspirante a "poeteur"

Poeteur? O que é isso? Ora, está-se mesmo a ver. Leitor- o que lê Diseur - o que diz Poeteur - o que gostava de ler-dizer poesia. Mas não sei se sei. Quem me ensina? Tenho pensado nisso e, sinceramente, estou interessada. Leio muita poesia mas, para mim. Um dia fui a um cinema onde havia uma sessão de leitura de poesia. Foi horrível. A diseur nem se conseguia ouvir. Acabou por sair da sala a chorar. Aquilo marcou-me. Ou se lê muito bem ou... é melhor ir ler o jornal para a última mesa do café da sua aldeia. Também me lembro de uma tarde de fim de praia em que conheci-descobri Mário de Sá-Carneiro. Um deslumbramento. Um traço fino de um Poeta fazedor e sabedor: "Que somos nós senão o que fazemos? Que somos nós senão o breve traço da vida que deixamos passo a passo e é já sombra de sombra onde morremos?" Manuel Alegre - "O canto e as armas" Bons sonhos!

O filme

As pontes de Madison. O meu filme. Porquê? Porque fala da solidão de uma mulher com grande família. Porque não lhe chega o lugar onde vive. Porque idealiza o que não pode acontecer. Porque sonha com o príncipe no seu cavalo branco, não, é melhor ser vermelho. A vida é como escrever num blog... Escreve-se não se sabe para quem, vive-se não se sabe para quê. Intervalo do filme. A vida também devia ter intervalo. Assim podia-se mudar de situação ou voltar à mesma. Era uma opção. No cinema come-se pipocas. No intervalo da vida dava-se um passeio. Eu iria a Salzbourg( Áustria) ouvir um concerto; ou às montanhas do Tirol; ou à Suissa comer um (s) chocolate(s)... depois voltava! O meu outro filme é Dr Jivago. Um dia explico. Bons sonhos! O meu outro filme é Dr Jivago

Hoje

Para tudo há uma 1ª vez. Pois! Hoje iniciei um (o) blog. Não tenho assunto. Por isso vou falar do tempo. É o que todas as pessoas fazem quando não sabem o que dizer. Mas hoje o dia estava óptimo. Até vi um miúdo em cuecas a tomar banho no mar; tremia de frio a atravessar a praia. Quando lhe perguntei como estava a água respondeu, tremendo o queixo; Tá boa, tá boa! Eu moro perto de uma zona com rio. E com praia. Não vou à praia, agora porque está frio e, no verão porque está calor; mas tenho uma relação muito próxima com a água. Sinto a falta de ver o sol a rever-se no espelho das águas; ou a zanga das ondas a bater fundo na areia; ou o escuro das nuvens de inverno reflectidas nas águas. Por isso vou vê-lo uma vez por semana. Lembro-me do rio da minha cidade; à beira rio, nos marcos de pedra, durante a Primavera, as joaninhas avermelhavam os ditos. Eram muitas. Ainda há joaninhas? Quem souber do seu paradeiro diga-me. Eu vou a correr dar-lhes as boas vindas Mas hoje o dia esteve bom. E as pessoas da cidade e arredores, atacadas pelo sindrome L (L de lagarto à procura do sol) vieram em romaria pisar as primeiras areias da Primavera que está próxima. Ainda me lembro de ir abrir a época balnear no 25 de Abril. Ou será que ia também festejar o Dia? Cá em casa tudo dorme. Os vizinhos de cima devem andar a mudar a mobília. Deve estar na hora de ir consultar a almofada e pensar que escrevi super bem e que amanhã vou ter uma lista de pessoas a darem-me os parabéns. A propósito de escrever, hoje ouvi uma entrevista com a Inês Pedrosa (na Antena 1) e achei que está mais serena a falar. Como me dizia alguém, não está tão espirra-canivetes. Bons sonhos!!

Cheguei!!

Pronto. E não sei o que dizer.