sexta-feira, outubro 14, 2011

Fim-de-semana

6ª feira. O fim-de-semana aproxima-se e com ele a solidão. Depois de muitos anos a viver num espaço idílico, onde se viam e ouviam os passarinhos, decidi ir viver no meiinho do barulho. À minha volta tenho as infra-estruturas que a vida moderna diz que necessitamos. À minha volta tenho gente e barulho. Os carros que passam, as motas que barulham, as ambulâncias que silvam. a polícia que dá nas vistas, quando passa a exceder a velocidade.Mas estou só. Na casa cheia de tralha não encontro um olhar - o das fotografias está parado. Não encontro uma mão que afaga a face. Não encontro o abraço que aquece e embala.E porquê? Porque é fim-de-semana. As mulheres da família saem ou limpam a casa - uma semana a trabalhar.... - Os homens-netos jogam no computador. As amigas estão com os seus maridos - sentados no sofá a fingir que ouvem televisão. E o meu fim-de-semana continua só. A solidão é minha companheira. Até quando?

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