domingo, fevereiro 12, 2012

Esperança

Ao crepúsculo e a medo abriu a gaveta da Saudade.
Embrulhada em papel de nevoeiro estava a chave do cadeado.
Quase sem ver e sem pensar pegou nela e abriu-o.
Foi difícil. Muito difícil. Muitos anos fechada.
Não estava ferrugenta. nunca esteve - mas estava resistente.
Aquele cadeado abria a porta de uma aventura.
Aos poucos, o sol entrou na gaveta.
Aos poucos, foi dando a volta e a porta abria-se com mais facilidade.
Aos poucos,a chave reencontrava a sua finalidade, o seu objectivo.
Tinha saído daquela gaveta escurecida e rejuvenesceu com alegria.
Olhava o mundo dentro das paredes daquele corredor fundo.
Olhava as portas que se alinhavam a partir de uma tarde de Agosto.
O corredor era muito longo e ainda não tinha fim.
Mas - há sempre um mas - aquela porta de madeira de carvalho não se abria.
Será que algum dia se abrirá?
O mundo é redondo e gira continuamente.
Um dia...haverá outro Agosto.
E a luz do sol jorrará, porta fora, trazendo a Alegria e o Afecto de mãos dadas, ao som de uma canção de Adamo.
Bons sonhos






2 Comments:

Blogger Júlia Pacheco said...

Este comentário foi removido pelo autor.

20:51  
Blogger Júlia Pacheco said...

E a luz do sol jorrará, porta fora, trazendo a Alegria e o Afecto de mãos dadas, ao som de uma canção de Adamo. Que lindo este antever e esperar por um sonho muito sonhado, muito querido e muito alimentado. Ainda bem que a esperança está à solta por aí. Amiga, estou a fazer uma forcinha! Adorei beijos

20:56  

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