terça-feira, outubro 19, 2010

O Zé Manel

Tenho andado angustiada. Aos poucos relembro a pouca família que me resta. Família essa que eu deixei de procurar após a morte do meu irmão. Mas, últimamente eu tenho pensado nela. E escrevi uma carta. Ainda não a pus no correio. Tenho receio da reacção. De quem? Da cunhada, de dois sobrinhos, de dois primos e de sua mãe. A carta continua dentro da mala. A desculpa para me aproximar foi - fotografias. Em casa da minha cunhada há fotografias minhas de quando eu era pequena. E arrasto, e arrasto, e não passo daqui. A minha filha mais nova, decidida como só ela, meteu pés a caminho e foi bater à porta da tia. A tia abriu e abriu os braços e o coração. E falou, falou e mostrou-lhe os álbuns.A minha filha trouxe-mos. E juntinho aos álbuns a notícia da morte do meu sobrinho mais velho. O Zé morreu. Tinha 47 anos. Não sei como estará por lá. Mas, talvez esteja melhor. Há já alguns anos que não o via. O meu coração está apertado, triste e mais angustiado. Mano , serás que reencontrate agora o teu filho?. Um abraço, meu irmão.

1 Comments:

Blogger Júlia Pacheco said...

Triste, sem dúvida, mas só faz sentido que pai e filho estejam juntos. Há notícias que são um soco no estômago! Mas "the show must go on" e, como muito bem escolheu, essa frase não pode nunca esquecer: "sou capaz"! Um abraço Júlia

18:18  

Enviar um comentário

<< Home