quinta-feira, maio 11, 2006

Há dias estava eu numa sala de espera duma instituição hospitalar, instalada numa "confortável" cadeira de plástico, quando me lembrei de uma conversa de ocasião passada nesse mesmo sítio.
Chegou uma senhora com um ar apressado, saia e blusa que pareciam não pertencer àquele corpo, sempre arranjado, um cabelo que não tinha arranjo, e olhando para mim disse:
- Também vem cá?
Acenei afirmativamente com a cabeça.
- Pois eu conheço isto com a palma da minha mão.
E mostrou-me a mão. E eu acenando com a cabeça.
- Quando acabaram de construir isto eu vim fazer as limpezas todas. Conheço todos os corredores de olhos fechados.
Inclinou-se para mim para se certificar que eu ouvia.
- Fui-me inscrever para ficar cá a trabalhar. Eles gostavam muito de mim. Tinha depois que trazer os papéis.
E eu ouvindo e acenando com a cabeça.
-Quando cheguei a casa o meu vizinho que vinha podre de bêbado empurrou a minha porta e deu-me uma carga de pancada que eu fui parar ao hospital. Não vim entregar os papéis e não entrei para cá.
Abri os olhos de espanto e ia dizer qualquer coisa quando ela olhando-me nos olhos respondeu :
_ Ele enganou-se na porta e não viu que eu não era a mulher dele.
Fui chamada para a consulta.
Bons sonhos!

3 Comments:

Blogger Elora said...

Se o vizinho era o Sebastião, fica a saber que está mudado!

17:30  
Anonymous Anónimo said...

É incrivel as histórias que existem!Todas diferentes e todas iguais.
Teresa

15:54  
Anonymous Anónimo said...

Nice idea with this site its better than most of the rubbish I come across.
»

15:40  

Enviar um comentário

<< Home